Ju caminhava pelo parque quando ao olhar para o seu banquinho cativo avistou uma figura conhecida, resolveu sentar-se.
- Hey . ela disse tímida, rompendo o silêncio.
Estavam apenas os dois, ali sentados olhando para o nada, suas mentes pareciam flutuar.
- Olá. Ele respondeu enquanto sua mente planava e encostava novamente a realidade.
Nem ao menos havia se dado conta de que havia alguém alem dele ali.
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- Faz tanto tempo que não lembra mais de mim ?
Nem ao menos tenha virado para o lado para ver quem lhe perturbava seu voo mental.
Ele se virou e se deparou com uns olhos azuis familiares que lhe miravam fixamente.
Esfregou o rosto e observou a figura por completo.
É claro que lembrara, só não acreditava na possibilidade dela estar presente ali, ainda.
Não que não tenha reconhecido, mas sim desacreditado que fosse quem era.
- Ju.. julli.. julliane ? Arqueou as sobrancelhas como sempre fazia em duvida.
-Como demorou a reconhecer a melhor amiga. Ela brincou.
- Bom, faz muito tempo.. e pensei que você tivesse ido de volta para casa.
- Não, não fui.
- Porque ficou ? Ele perguntou com uma ponta de certeza que a resposta seria:por você.
- Encontrei algo que me prendesse aqui, alem de você é claro.
- Como ?
- É, eu segui seu conselho, segui em frente com aquele você disse melhor do que você.
- Ah, que bom. Ele demonstrou um fio de arrependimento.
- É, ele é um bom menino. Ela disse sorridente com um brilhinho cintilante nos olhos
- Vai continuar aqui, até quando ?
- Até eu me cansar daqui. Transferi minha matricula para cá, vou terminar os estudos na frança, e que por mais estranho que pareça, achei um único colégio aqui que ensina em inglês.
Nesse momento, colly sentiu um poco de inveja, ju largara tudo que tinha em sua cidade natal para ficar ali na frança com um menino sabe se lá quem, que segundo ele 'mal' conhecera.
Se perguntava o porque dela não ter feito o mesmo por ele, mesmo embora não sentisse o que pensava por ela, ela nem havia cogitado a possibilidade de se fixar ali para ficar perto dele.
É, mas quem sabe se não tivesse vindo toda a verdade a tona, ju não teria ficado por ele.
É, esse foi o ultimo pensamento, e o qual preferiu crer.
Longos dois minutos se passaram enquanto collyn incrédulo refletia.
- Nossa, simples assim ? e sua mãe ?
- É, simples assim.
Quando se ama de verdade não se pode deixar barreiras atrapalhar, temos que esgotar até a ultima possibilidade para permanecer com o nosso amor.
Minha mãe ? sim ela entendeu, viu que eu falava a mais pura verdade quando disse que seria melhor para mim ser feliz aqui do que infeliz lá. E a final, mãe é mãe, e claro que eu vou visita la sempre que puder.
- Mas e você como esta seu bobo? ela lhe abraça tascando lhe um beijo na bochecha, como fazia assiduamente na época que frequentavam o café da sua cidade.
Ele enrubreceu, como se aquilo nunca tivesse acontecido.
- É, vou levando.
- Levando?! Isso lá é resposta ? conte me.
- Ham, é que minhas notas andam caindo, minhas obras declinando, ja acho que não sirvo para isso.
-HEY colly, mas que besteira. Não diga isto ! Desde criança você só sabe falar em artes e mais artes, seus projetos são tão encantadores.
-É, eu não sei o que aconteceu.. de uns tempos para cá ando assim, sem vida. Sem você.
O olhar de jú ganhou um brilho caloroso, e ao mesmo triste.
Aquela lhe pegara de surpresa, não sabia como reagir e muito menos com quam dos sentidos colly dissera aquilo.
Ele passou a mão pelos cabelos dela.
- Minha melhor amiga faz falta, e como faz. Ele clareou o sentido do que dissera anteriormente, 'desconfundindo' ju.
- Ha. Ela arfou. Sempre estive aqui seu bobo, você é que não me procurou.
- Pensei que estivesse chateada comigo.
- Definitivamente, eu não consigo me chatear com você. Amigos que são amigos compreendem uns aos outros, errar é humano, a vida é cheia de oportunidades, hora erros hora acertos.