quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ela não sabia o que fazer, nem para onde ir, só queria não estar ali e não escutar aquilo tudo.
No mais profundo, desejava desesperadamente que fosse tudo um pesadelo, mas nada mais era que sua realidade vindo a tona novamente. Todos aqueles gritos e discussões intermináveis e insaciáveis por assuntos mórbidos e fúteis. Era como se tivesse vendo uma cena do passado se repetir detalhadamente, só com algumas peças diferentes; assustada como um pequeno bichinho, assim como nas cenas em que lembrara se fez de forte enfrentando quem a intimidava, ergueu se e pôs a falar e gritar e expor suas lágrimas estas não de fraqueza, mas de ira, dor e repugnância pela atitude da oponente . Com isso conseguiu faze la calar se e escuta-la por um momento em silêncio ; a atitude deu certo;  mas extrema era a ignorância e bipolaridade do lado oposto que este oscilou em momentos intercalados de mais gritos, silêncio e afeto. O ultimo, mais estranhado pela situação em que encontrava-se e encarado como demonstração de extrema falsidade. Mais gritos, mais lágrimas saltando e quanto mais medo se sentia mais ele se convertia em raiva .
 Não fazia sentido aquilo estar acontecendo, aquilo tinha parado por tanto tempo que já não lembrava mais o quanto era ruim . Em algo que parecia uma trégua ela apertou os olhos querendo mais uma vez que tudo aquilo não fosse real e que quando os abrisse tudo estaria bem . 
Pobre menina, dormirá imaginando uma falsa realidade.

As vezes devemos relevar certos acontecimentos, mesmo que estes não sejam pequenos, para que nossa vida prossiga . Deve-se esquecer, imaginar que jamais aconteceu para que sua realidade se torne seu sonho e não um eterno pesadelo.

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