terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Juliane e Collyn (24)

- ham.Eles arfaram.
- Bom, você ..
É, era um tanto impressionante o jeito como os dois começaram a agir e falar de modo idêntico, parecia até algo ensaiado.
- O que faz aqui ?
- Vim me distrair, esse lugar me faz bem.
Ambos taparam a boca com a mão. Não aguentavam mais repetir a mesma coisa ao mesmo tempo.
- Fale você 1°. Disseram destapando a.
- Falemos ao mesmo tempo então. Quem sabe diremos coisas diferentes.
Em fim, pararam de falar as mesmas coisas assim que os dois começaram a falar o porque de se refugiarem ali.
- Eu estava triste, já não entendo mais a vida, os sentimentos, as atitudes e o que acontece ao meu redor . Não consigo acreditar na forma de como tudo pode se tornar pó da noite para o dia. Ela disse.
- Eu estava com um misto de raiva e remorso. Eu sei onde você esteve noite passada, me desculpe da forma como eu agi, você é que esta certa de seguir em frente e procurar o que te faz feliz. Ele disse.
É , eles tinham conseguido falar, coisas diferentes, ao mesmo tempo, mas ambos entenderam um ao outro.
Ele silenciaram por alguns segundos apenas trocando olhares perdidos de sentimentos misturados e confusos.
- Não foi o que você pensou.
- Ju, não quero mais te fazer infeliz, te trazer tanta angustia . Não tente se explicar para mim, até porque eu não mereço explicações.
Os olhos dela desviaram ao chão. Ela insistiu em tentar explicar.
- Ele é apenas um amigo. Só o que ele fez foi me escutar a noite toda e me mostrar aquele lugar mágico.
 - Eu vi como você estava, você estava feliz, e não te via assim a muito tempo. Mesmo você estando dormindo, pude perceber.
Não vamos insistir em sustentar um passado que não existe mais. Ele com certeza te fará mais feliz do que eu posso agora. Eu um dia posso te ter feito  feliz, mas infelizmente esse dia passou.
- Tem vezes que eu não consigo acreditar em como as pessoas mudam com o tempo, tantas coisas perdemos no passado e não conseguimos achar no presente.
Uma lágrima quente rolou no rosto de Juliane.
- Ei, o que vivemos foi bom em quanto durou. Terminemos assim, bem e amigos. Não posso mais te fazer feliz, então abro caminho para que outro o faça.
-É uma pena que pense assim, pois eu ainda acho que pode sim me fazer feliz. 
-Não se engane ju. Tudo mudou. Por favor, não insista. Eu tentei, juro que tentei continuar, mas não deu. Eu só ia continuar alimentando uma ilusão ainda maior para você, e na pior das hipóteses, te fazer infeliz com a minha falta de felicidade .
Ele limpou as lágrimas dela com um toque delicado de suas mãos pelo seu rosto. 
- Descupe te fazer passar por isso ju, mas agora eu sei que o que fiz foi confundir uma grande e linda amizade com um amor . E com essa certeza eu te digo que será melhor cada um com a sua vida.
- Agora eu te entendo, pior que te entendo. Me prometa uma coisa ?
- O que ?
- Nunca mais dirá eu te amo a outra pessoa sem ter certeza do que diz, ou pelo menos achar ter certeza, já que o amor é algo tão incerto.
- Ju, não sei como explicar, mas no momento em que eu disse EU TE AMO, eu parecia tão certo de minhas palavras. Já agora não mais. Juro, eu tentei te amar mas não consegui. 
- Só te falo uma unica coisa então. 
Que o tempo nunca apague o que a gente viveu, e que guardemos só o que de bom ocorreu. 
Mesmo que não queira mais continuar, sua amizade sempre valeu muito para mim, e não quero perde-la. 
Ela ja ia se virar e ir embora, quando ele a segurou pelo braço.
- Jú. vem cá. 
Ele a abraçou e acolheu seu choro como se ele não fosse o motivo do tal. Como antes faziam um com o outro quando crianças. Isso a confortou de tal forma que nada a confortaria. A amizade não havia morrido e isso a fez ter certeza.
- Amigos para sempre, lembra ?
- Lembro. Disse ela, com lágrimas escorrendo, lágrimas que não eram mais de tristeza, e sim de  felicidade e saudade daquele tempo.
Eles ficaram ali, por uns 5 minutos abraçados.

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