quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nada é impossível quando se acredita.

Hoje na aula de religião, eu e minhas amigas nos deparamos com um texto muito mais muito lindo, acho que posso dizer até, que é um dos textos mais bonitos que eu já li.
E foi como algo automático, todas falamos : "Vou posta no meu blog. "
Segue o maravilhoso texto de Roberto Shinyashiki.

MONTANHA DA TRANSCENDÊNCIA
“No início da caminhada, a pessoa busca algo que está fora dela.
Um emprego.
Uma companhia.
Uma família amorosa.
Quer satisfazer uma necessidade interna com algo externo.
Precisa de alguém para satisfazer sua necessidade sexual.
Precisa do emprego para satisfazer sua necessidade de crescer.
À medida que sobe a montanha do amor e da profissão, vai aprendendo a confiar em sua capacidade de conquistar algo que a realize.
Nessa etapa, torna-se um animal competente que, quando tem fome, sabe encontrar uma fruta ou uma caça para se alimentar.
Quando lhe disserem que algo em que você acredita é impossível, tenha paciência. Talvez ele não saiba de verdade que a vida é o eterno ato de transformar o impossível em realidade.
Afinal, como explicar que dois seres humanos tão imperfeitos criem um amor tão infinito?
Como adolescentes que parecem tão limitados podem se transformar em sábios e gênios?
Como explicar que hambúrgueres, chicletes, arroz e feijão vão se transformar em você, com todo o seu esplendor?
Viver é acreditar e realizar o impossível.
Antes de Santos Dumont, ninguém achava possível fazer voar um aparelho mais pesado que o ar. Até que ele acreditou e, com determinação, criou o avião.
Meta mãos à obra e vá em frente. A fortuna bafeja os audaciosos!… Avante, pois!
A montanha da espiritualidade, na verdade, não tem topo.
Não existe um final para essa caminhada, não existe um objetivo nesse percurso, e sim a descoberta de uma maneira de Ser, uma maneira de estar em conexão com o Divino e, portanto, de ser divino.
Seu prazer maior está no jeito de caminhar. Com simplicidade, aceitação e amor.
Como aquele homem que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando morreu, dirigiu-se ao Paraíso. Ao chegar lá, o sistema de controle estava com defeito e lhe disseram que seu nome não constava da lista. Deveria dirigir-se para o Inferno.
E o Inferno você sabe como é. Qualquer um que chegue é convidado a entrar.
Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro: “Isso que vocês estão fazendo é puro terrorismo! Nunca imaginei que fossem capazes de um golpe tão baixo!”
Sem saber o motivo de tanta raiva, Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava.
O demônio explicou: “Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça por lá. Por causa dele, está todo mundo dialogando, se abraçando, um sendo amoroso com o outro. Aquilo está virando um Paraíso!”
Para aquele homem, estar no Paraíso ou no Inferno não fazia a menor diferença.
Esta é a grande lição da montanha da transcendência: viva tão amorosamente, com tanta simplicidade que, se o colocarem no Inferno, qualquer que seja ele e mesmo por engano, o demônio o mandará de volta, correndo, para o Paraíso.
A grande descoberta no caminho da transcendência é exatamente essa: aprender a estar com amor onde você estiver”.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Juliane e Collyn (25)

Eu tenho que entender. 'Ele não me quer mais.'
A amizade prevalece embora não mais seja só isso que eu queira,
sim eu ainda o amo. Mas o que fazer se não é mais algo recíproco ?
Foi uma coisa de momento, embora o momento tenha durado um pouco mais que o normal.
Tenho que aprender a viver sem ele, tenho que entender que nossas chances são nulas.
Tenho que enfiar na minha cabeça que agora ele é meu amigo, e esta com a garota que fez com que ele percebesse tudo isso.
Tenho que entender, que embora nos pareçamos muito, não somos ou fomos feitos um para o outro.
Tenho que ensinar minha mente a repetir : Siga em frente, lembre mas não se prenda as lembranças;
Se dê uma chance de ser feliz com quem gosta realmente de você.
E assim seguir em frente, e tentar não me machucar novamente.

Ela escreveu, no dia seguinte, enquanto se refugiava em seu bloquinho.

FIM.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Juliane e Collyn (24)

- ham.Eles arfaram.
- Bom, você ..
É, era um tanto impressionante o jeito como os dois começaram a agir e falar de modo idêntico, parecia até algo ensaiado.
- O que faz aqui ?
- Vim me distrair, esse lugar me faz bem.
Ambos taparam a boca com a mão. Não aguentavam mais repetir a mesma coisa ao mesmo tempo.
- Fale você 1°. Disseram destapando a.
- Falemos ao mesmo tempo então. Quem sabe diremos coisas diferentes.
Em fim, pararam de falar as mesmas coisas assim que os dois começaram a falar o porque de se refugiarem ali.
- Eu estava triste, já não entendo mais a vida, os sentimentos, as atitudes e o que acontece ao meu redor . Não consigo acreditar na forma de como tudo pode se tornar pó da noite para o dia. Ela disse.
- Eu estava com um misto de raiva e remorso. Eu sei onde você esteve noite passada, me desculpe da forma como eu agi, você é que esta certa de seguir em frente e procurar o que te faz feliz. Ele disse.
É , eles tinham conseguido falar, coisas diferentes, ao mesmo tempo, mas ambos entenderam um ao outro.
Ele silenciaram por alguns segundos apenas trocando olhares perdidos de sentimentos misturados e confusos.
- Não foi o que você pensou.
- Ju, não quero mais te fazer infeliz, te trazer tanta angustia . Não tente se explicar para mim, até porque eu não mereço explicações.
Os olhos dela desviaram ao chão. Ela insistiu em tentar explicar.
- Ele é apenas um amigo. Só o que ele fez foi me escutar a noite toda e me mostrar aquele lugar mágico.
 - Eu vi como você estava, você estava feliz, e não te via assim a muito tempo. Mesmo você estando dormindo, pude perceber.
Não vamos insistir em sustentar um passado que não existe mais. Ele com certeza te fará mais feliz do que eu posso agora. Eu um dia posso te ter feito  feliz, mas infelizmente esse dia passou.
- Tem vezes que eu não consigo acreditar em como as pessoas mudam com o tempo, tantas coisas perdemos no passado e não conseguimos achar no presente.
Uma lágrima quente rolou no rosto de Juliane.
- Ei, o que vivemos foi bom em quanto durou. Terminemos assim, bem e amigos. Não posso mais te fazer feliz, então abro caminho para que outro o faça.
-É uma pena que pense assim, pois eu ainda acho que pode sim me fazer feliz. 
-Não se engane ju. Tudo mudou. Por favor, não insista. Eu tentei, juro que tentei continuar, mas não deu. Eu só ia continuar alimentando uma ilusão ainda maior para você, e na pior das hipóteses, te fazer infeliz com a minha falta de felicidade .
Ele limpou as lágrimas dela com um toque delicado de suas mãos pelo seu rosto. 
- Descupe te fazer passar por isso ju, mas agora eu sei que o que fiz foi confundir uma grande e linda amizade com um amor . E com essa certeza eu te digo que será melhor cada um com a sua vida.
- Agora eu te entendo, pior que te entendo. Me prometa uma coisa ?
- O que ?
- Nunca mais dirá eu te amo a outra pessoa sem ter certeza do que diz, ou pelo menos achar ter certeza, já que o amor é algo tão incerto.
- Ju, não sei como explicar, mas no momento em que eu disse EU TE AMO, eu parecia tão certo de minhas palavras. Já agora não mais. Juro, eu tentei te amar mas não consegui. 
- Só te falo uma unica coisa então. 
Que o tempo nunca apague o que a gente viveu, e que guardemos só o que de bom ocorreu. 
Mesmo que não queira mais continuar, sua amizade sempre valeu muito para mim, e não quero perde-la. 
Ela ja ia se virar e ir embora, quando ele a segurou pelo braço.
- Jú. vem cá. 
Ele a abraçou e acolheu seu choro como se ele não fosse o motivo do tal. Como antes faziam um com o outro quando crianças. Isso a confortou de tal forma que nada a confortaria. A amizade não havia morrido e isso a fez ter certeza.
- Amigos para sempre, lembra ?
- Lembro. Disse ela, com lágrimas escorrendo, lágrimas que não eram mais de tristeza, e sim de  felicidade e saudade daquele tempo.
Eles ficaram ali, por uns 5 minutos abraçados.