segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Estava inquieta, olhando para todos os cantos, não aguentava mais esperar . Ele chegou, fitava o em cima da mesa, na esperança em que ele se abrisse com o poder do meu olhar para ele , não aconteceu.Aquela senhora serena abriu-o ,como se - frágil - estivesse escrito no pacote, separou-as por cor e começou a distribuir lentamente pela sala. Sorri. Parecia agora que a maratona que vinha correndo desde o dia anterior estava chegando ao fim. Ela chegou até mim, e me estendeu a prova rosada, peguei-a com cuidado extremo, a final está selaria meu destino dali a alguns dias. Embora já estivesse em minhas mãos não podia abri-la, pois então mais tortura. Após alguns longos minutos o sinal tocou, demorei a tomar iniciativa. Abri-a logo na primeira folha, triste notícia, um tema completamente inesperado- Como escrever sobre algo, o qual você não tem ideia ?- Estremeci, não desisti, mesmo abalada comecei a prova, fazendo as questões de menor enunciado, e em seguida passei a matemática -Números me acalmam- Mesmo assim, deslisei em algumas questões, passava os olhos rapidamente pelo enunciado, o que fez com que não fizesse algumas questões com total precisão, mas o tempo era precioso, não podia pede-lo, não digo atoa, mas ainda havia mais questões e tive medo de não poder nem lê las . Fui aos longos textos a procura de alguma ideia, e nada me ocorreu. A cada minuto amargurava me mais e mais. Uma hora para o fim, algo teria que escrever, em branco não poderia ficar. Mirava aquelas 30 linhas numeradas, pus me a fazer o que podia, mesmo que não fosse muito. Estava nervosa, rasurei boa parte do texto, o que piorou ainda mais meu estado. Conclui sem gosto de sal na boca, não consegui pensar em título, mas por já ter lhe reservado um espaço, tive de inventar qualquer coisa. Levantei transbordando por dentro, mas por fora nada aparentava. Marchei pelas escadas, e me deparei com o ar, não tão puro, do jardim que seguia. Respirei fundo, estava tudo selado, não haveria mais como voltar atras.